Por muito tempo, minha fome não era física.
Era vontade de preencher um vazio, aliviar o estresse, anestesiar a tristeza — ou simplesmente calar o silêncio desconfortável entre um pensamento e outro.
E o mais difícil de admitir é que, mesmo tentando “comer saudável”, eu comia por emoção.
Comia com culpa, com pressa, sem fome, só pra acalmar um turbilhão interno.
Mas o que aconteceu quando eu parei?
Meu corpo secou.
E não estou falando só do peso na balança — estou falando de inchaços, compulsões, desconfortos e autoboicotes que começaram a desaparecer.
Hoje, quero compartilhar como essa mudança profunda na minha relação com a comida trouxe uma transformação real, gentil e duradoura.
🧠 Comer com emoção: o que isso faz com o corpo?
Quando a gente come movido pela ansiedade, cansaço ou frustração, o corpo entende aquilo como um mecanismo de defesa.
Mas o que acontece por dentro?
✔ O sistema digestivo desacelera — o corpo está em “modo sobrevivência”, não em “modo digestão”
✔ A produção de cortisol aumenta — e com ela, a retenção de líquidos e o acúmulo de gordura abdominal
✔ A saciedade é ignorada — porque o foco não é nutrir, e sim compensar
✔ A digestão é prejudicada — causando inchaço, gases e refluxo
✔ A culpa vem depois — criando um ciclo de autopunição e nova fuga pela comida
🔁 O ciclo que me mantinha presa
Eu comia para aliviar uma emoção
Sentia culpa ou estufamento
Me cobrava, prometia compensar com dieta ou treino
O emocional piorava… e eu comia de novo
Era um looping silencioso, mas devastador.

✨ O que mudou quando eu parei
Não foi do dia pra noite.
Mas no momento em que comecei a me perguntar se eu estava com fome ou com outra necessidade, algo mudou.
✔ Comecei a comer com presença, mastigando devagar
✔ Passei a preparar alimentos que realmente me nutriam — de dentro pra fora
✔ Identifiquei os gatilhos emocionais que me levavam à comida
✔ Substituí o automático por escolha: às vezes eu escrevia, respirava, ou só me escutava
✔ Fiz as pazes com o corpo — e com ele, o inchaço foi embora
Em pouco tempo, percebi que não precisava de dietas restritivas para secar.
Meu corpo desinflamou quando a minha mente desacelerou.
✅ 5 passos que me ajudaram a sair da alimentação emocional
Reconhecer os gatilhos: estresse, rejeição, tédio, cansaço.
Criar uma pausa consciente entre a vontade de comer e o ato de comer.
Ter opções nutritivas e reconfortantes por perto — frutas assadas, chás quentes, receitas afetivas.
Praticar escuta interna: o que eu realmente preciso agora?
Deixar de lado a culpa e focar na próxima refeição com gentileza.
E você?
Talvez você não precise de uma nova dieta.
Talvez precise de uma nova forma de se acolher.
Comer com consciência é um ato de amor-próprio.
E quando a mente desacelera, o corpo responde.
Mais leveza. Mais verdade. Menos peso — físico e emocional.
Se você sente que a comida virou um refúgio, saiba: não está sozinho.
Mas também não está preso.
A saída pode começar com uma única pergunta sincera: “Eu estou com fome de quê?”